19/05/2025 às 15h27 - Atualizado em 19/05/2025 às 15h28

Programa Agentes da Cidadania promove passeio para mulheres atendidas em Planaltina

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Por Cynthia Ribeiro, da Ascom Sedes

O programa Agentes da Cidadania trabalha a autoestima e a autonomia de mulheres em estado de pobreza ou pobreza extrema de Planaltina | Foto: Renato Raphael/Sedes

Fortalecer vínculos entre as mães atendidas pelo programa Agentes da Cidadania em Planaltina e proporcionar novas experiências. Esse foi o objetivo do passeio realizado na tarde de quarta-feira (14), com um grupo de 15 mulheres e seus filhos no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Lá, elas passaram uma tarde agradável, conheceram o espaço e visitaram uma exposição de arte. Foram, no total, 23 pessoas, entre adultos e crianças.

“Nossa ideia foi trazer as mulheres para um local de lazer diferente, fora de Planaltina, onde elas, possivelmente, não iriam por ser longe da casa delas. O intuito foi fortalecer nelas a construção da autonomia, que é um dos objetivos do programa, e também essa noção de que elas podem estar onde elas quiserem, que não existe um lugar onde elas nunca poderão acessar”, explica a assistente social Débora Roanne, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Planaltina, que viabilizou o transporte para as usuárias, junto com o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e o Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon) da região administrativa.

O Agentes da Cidadania é um programa voltado a mulheres em situação de pobreza e extrema pobreza e tem como meta o fortalecimento da autoestima e da autonomia para que elas saiam do contexto de risco social e da violação de direitos.

“Foi uma alegria participar desse passeio. Atividades como essa tiram a gente do convencional, do nosso dia a dia, trazem algo novo que nos faz lembrar o quanto que nós, mulheres, precisamos nos valorizar, ter esse tempo para gente. Quero agradecer ao programa por esse olhar às mulheres vítimas de violência. O Agentes da Cidadania mostrou para nós o quanto somos importantes, me permitiu voltar a fazer o que eu gosto. Eu sou só gratidão”, comemora Eva Cristina da Silva, de 38 anos. Chefe de família, ela mora com os três filhos e uma neta.

Em Planaltina, as mulheres construíram um vínculo forte durante o programa. “Esse grupo que formamos criou laços de amizade, ajudamos umas as outras. Se uma está precisando de um pacote de café, de uma passagem, a outra ajuda, uma crise de ansiedade, uma dá suporte a outra”, conta Eva.

O passeio no CCBB estava previsto no plano do Agentes da Cidadania em Planaltina e marca a conclusão do primeiro ciclo do programa. “Esse foi o nosso último encontro. Durante os atendimentos, nós falamos sobre a importância de ter sonhos e não deixar isso de lado, de ter experiências novas. E como Planaltina tem essa especificidade de ser um território de muito pertencimento, ou seja, as mulheres não costumam sair da região, elas estavam muito animadas e ansiosas”, complementa a assistente social do Creas Planaltina.

A esteticista Ethiane Joanoni, de 48 anos, entrou no final do ciclo do Agentes da Cidadania e também destaca a importância das novas amizades e dos encontros coletivos. Para ela, o passeio ao CCBB foi uma novidade.

“Gostei bastante das obras, nunca tinha ido a uma exposição, só conhecia pela televisão. É bom sair da redoma de vez em quando e vir para um lugar diferente, relaxar a mente. Eu sabia da existência do CCBB, mas nunca tinha vindo. Eu vou sentir falta dos nossos encontros do programa”, relata.

As mulheres foram selecionadas pelas equipes das unidades socioassistenciais das regiões administrativas para participar de atendimentos individuais e em grupo, por um ciclo de 12 meses. Nesse período, elas recebem uma bolsa mensal de R$ 300 como incentivo para frequentar os encontros.

“O Agentes da Cidadania veio para complementar os serviços e benefícios que já oferecemos na rede de proteção social do GDF. Proporciona esse empoderamento da mulher, que é fundamental para que ela saia da situação de vulnerabilidade. É um programa integral, porque oferece a bolsa de R$ 300, mas também garante atendimento individual e em grupo para que elas conheçam outras mulheres na mesma condição e possam trocar experiências, formar novos vínculos, fortalecer a autoestima delas e promover a participação social”, enfatiza a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.